quinta-feira, abril 14, 2011

Perguntas

Deus não é objeto de investigação científica nem algo que possamos introduzir no tesouro de nosso conhecimento – como um selo raro em um lugar especial da nossa coleção. Deus não é uma hipótese derivada de hipóteses lógicas. Para os racionalistas, Ele é uma coisa que buscam nas trevas com a luz de sua razão. Para o cristão, Ele é a própria luz.
            Deus não está no mundo, como um estrangeiro visitando um lugar. O mundo está em Deus.
            Os planetas, as montanhas, os elementos são objetos do conhecimento. Deus não é um objeto do conhecimento. Sem Deus não haveria absolutamente nada em tudo, sem Deus não há conhecimento. O conhecimento só é possível porque Deus é.
            Deus existe? A pergunta só é possível porque Deus está escondido atrás dela. Se você perguntar sobre Deus, não com mera curiosidade, mas como um investigador ansioso, aflito, angustiado pela possibilidade de que Deus possa não existir e que toda a vida seja vaidade e loucura, se você prestar atenção nas frestas da eternidade, a resposta pode bailar à sua frente. O seu próprio coração distingue entre o sentido e o absurdo. Para o teólogo Emil Brunner, sem Deus o mal não é mal e o bom não é bom. No ato de perguntar sobre Deus, Deus já está atrás de você tornando a sua pergunta possível.
            Crer em Deus não é um ato de credulidade ingênua. Credulidade ingênua ou desarrazoada é ter a opinião que o olho humano, a estrutura de um inseto, ou a glória de um prado em flor é apenas um produto da possibilidade.
            A insanidade “científica” penetrou no mundo confundindo os nossos sentidos. Se não há Deus a consciência é apenas um complexo de hábitos residuais e não significa nada. O santo e o criminoso são apenas fantasmas da imaginação.
            Mas há uma ordem divina que perpassa a criação, levando o homem a se curvar. O mundo, com milhões de dedos aponta para Deus. ©

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